sexta-feira, 28 de outubro de 2022

King Of Salem - Sovereign [2022] #REVIEW

 

King Of Salem é uma banda mexicana/brasileira de Prog Metal fundada em 2019. Agora em 2022 a banda nos presenteia com seu álbum de estreia, Sovereign. A banda é formada pelos mexicanos Erick Estrada (guitarra), Daniel Ornelas (guitarra) e Samuel Estrada (bateria) e o vocalista brasileiro Lean Van Ranna. A linda arte do álbum ficou a cargo do brasileiro Rômulo Dias.

A banda tem características próprias, mas também se percebe uma forte influência de Symphony X. O álbum é muito bem produzido, muito bem mixado e masterizado, ou seja, trabalho profissional. "Rei de Salém" é uma clara referência à Melquisedeque que significa "Rei de Justiça" que aparece no livro de Gênesis, que no livro de Hebreus nos é revelado que é uma figura de Jesus no Antigo Testamento. Mas vamos falar das músicas.

O álbum abre com a "Call From Heaven (Intro)" que é uma faixa de abertura que prepara todo o clima que vai se seguir ao longo do álbum, já emendada pela pesada "Your Name", com guitarras "gordas" e bem intrincada, como toda boa música de Metal Progressivo tem que ser. 

Seguida por "Column Of Fire" que já havia saído como single, o álbum segue com uma pegada pesada. Destaco a a próxima faixa "Follow You" que tem um dos refrões mais marcantes do álbum. "Before The End" também já havia saído como single e mantém o ritmo do álbum lá em cima. 

"Redemption" tem sua influência de Dream Theater, principalmente no instrumental, já que o vocal de Lean tende mais para o lado do Russell Allen, uma boa mistura. "David" é mais cadenciada, mas nada que quebre o clima do disco. "He Found Me" que saiu como single mostra bem a cara da banda, peso e som intrincado, tudo muito bem dosado.

"The Way" talvez seja a que menos me chamou a atenção. A música não é ruim, mas ela talvez passe batida no meio das demais. Já "Death Debt" me chamou a atenção demais! Pesada, com direito a guturais no meio dela. Uma das melhores do álbum. O disco fecha com "Back To The Father", uma bela balada que encerra com chave de ouro. Quando digo que ela é bela, é sem exageros. A música é linda!

Me chama a atenção como tudo é muito bem dosado, sem exagero demais, com tudo no lugar certo e na hora certa. Isso não compromete o virtuosismo dos músicos, muito pelo contrário. Demonstra que os caras souberam balancear muito bem. Por exemplo, as músicas nos álbuns do estilo costumam passar dos 7 minutos facilmente, mas em Sovereign a grande parte das músicas tem seus 4 e 5 minutos, exceto "The Way" e "Back To The Father", ambas com seus pouco mais de 6 minutos.

Sovereign é um prato cheio para fãs de Prog Metal e vamos aguardar por novos trabalhos do King Of Salem. Que mantenham a qualidade desse primeiro registro, que já chegou com tudo.

Nota: 9,5/10

Gustavo Hoft

sábado, 22 de outubro de 2022

Stryper - The Final Battle [2022] #REVIEW

 

Ouvindo pela 3ª vez eu posso dar uma opinião mais consistente. Lembrando: isso reflete o meu gosto pessoal.

É um álbum muito bom, mas não é ótimo. Even The Devil Believes de 2020 é melhor, mais linear, mais coeso. The Final Battle, por outro lado, tem músicas ótimas, músicas boas e músicas menos inspiradas, vamos dizer assim.

As faixas que saíram como singles são maravilhosas: Transgressor; See No Evil, Hear No Evil; Same Old Story e Rise To The Call. Tem a bela balada Near, mas também tem faixas como Out, Up & In e Till Death Do Us Part que ainda não caíram na minha graça. Pode ser que com o tempo eu mude de ideia em relação a elas, mas por enquanto não.

The Way, The Truth, The Life fecha o ciclo de músicas ótimas. Agora Heart & Soul; No Rest For The Wicked e Ashes To Ashes são músicas boas, mas não são espetaculares.

O que ouvimos aqui é o Stryper sendo Stryper, uma excelente banda com excelentes músicos. Entregaram um álbum muito bom mas não é o melhor deles. Todas as características de um álbum da banda estão ali, a voz marcante do Michael Sweet, os back vocais perfeitos, tudo que um álbum do Stryper tem que ter, sem parecer mais do mesmo.

O Stryper tem uma identidade e eles tem mantido essa identidade nos últimos álbuns, o que é bom para a banda. Afinal, se a banda ousa demais, é criticada, se mantém o que os consagrou, vira mais do mesmo. O headbanger moderno é difícil de agradar.

Minha nota: 8/10.

Gustavo Hoft

sábado, 17 de julho de 2021

Petra - Beyond Belief [1990] #REVIEW

 

Petra é uma banda que dispensa apresentações dentro do cenário do Rock cristão. Então hoje quero falar do disco que, considerado por muitos fãs da banda, se trata do melhor da carreira deles. Considerados como a melhor formação da banda com John Schlitt no vocal, Bob Hartman na guitarra, Tonny Cates no baixo, John Lawry no teclado e Louie Weaver na bateria, com certeza a banda estava em seu auge aqui.

Produzido pelos irmãos Dino e John Elefante, gravado no estúdio Pakaderm e lançado pela DaySpring Records no dia 20 de junho de 1990, o disco conta com a participação de John Elefante e Dave Amato (REO Speedwagon) nos backing vocals, além do Coral Congregacional Los Alamitos na música "Love". Então, sem mais delongas, vamos para o review.

O disco abre com "Armed And Dangerous", que tem uma essência bem Hard Rock característico da banda que marcaria o começo dos anos '90. Nessa mesma levada entra "I Am On The Rock" baseada na declaração de Jesus de Mateus 7:24-27 sobre construir a casa sobre a rocha.

A próxima faixa "Creed" é umas das coisas mais lindas que já ouvi em toda minha vida. A música tem uma pegada mais AOR que combina bem com a letra, que é o credo apostólico, uma declaração de fé que acompanha a igreja cristã por séculos. "Beyond Belief" trata de sermos mais ousados na fé e tem uma levada bem "sessão da tarde" (os mais antigos entenderão o que quero dizer). 

Chega então a primeira balada do disco, "Love", que como comentei acima tem a participação do Coral Congregacional Los Alamitos. Linda! Destaco aqui o refrão:

O amor sabe quando abrir mão
O amor sabe quando dizer não
O amor cresce na luz do Filho
E o amor mostra ao mundo que o Filho do Amor veio

"Underground" volta para o clima mais Hard Rock e sua letra é uma crítica àqueles perseguidores, que tomam nota de tudo que dizemos para tentar usar contra nós. "Seen And Not Heard" já traz uma crítica aos próprios cristãos, que falam demais e não demonstram frutos. Vejam o refrão:

Vistos e não ouvidos, vistos e não ouvidos
Às vezes os filhos de Deus devem ser vistos e não ouvidos
Há muita falação e pouco progresso
Às vezes os filhos de Deus devem ser vistos e não ouvidos

Impossível escutar essa música e não lembrar de "Heaven's On Fire" do KISS em sua introdução. 

"Last Daze" na minha opinião é a mais fraca do disco. Não é uma música marcante como as outras, mas não compromete a audição do disco. "What's In A Name" tem uma das letras mais poderosas que já vi. Uma descrição de Jesus: Rabi, mestre, Messias, Cordeiro de Deus, entre tantos outros. Sua melodia é muito marcante e o peso é muito bem dosado aqui. Enfim, o álbum fecha com a balada "Prayer", que como o próprio nome diz, é uma oração em forma de música:

Essa é minha oração erguida a Ti
Sabendo que Tu se importas até mais do que eu mesmo
Essa é minha oração erguida em Seu nome
Sua vontade seja feita, eu humildemente oro

Beyond Belief é com certeza um marco na história não só da banda, mas também na música cristã em geral. Juntamente com o álbum, foi lançado um mini filme com os clipes de "Armed And Dangerous", "I Am On The Rock", "Creed", "Beyond Belief" e "Seen And Not Heard", que de acordo com a estória, cada música vai se encaixando. Você pode assistir o mini filme AQUI.

Nota: 10/10
by Gustavo Hoft

Petra em 1990: John Lawry (teclado), Bob Hartman (guitarra), Ronny Cates (baixo), Louie Weaver (bateria) e John Schlitt (vocal).

Links oficiais:

domingo, 27 de junho de 2021

Oficina G3 - Depois Da Guerra [2008] #REVIEW

 

Lançado no dia 3 de dezembro de 2008, "Depois Da Guerra" marca uma reviravolta na carreira do Oficina G3. Produzido por Marcelo Pompeu e Heros Trench, ambos da banda Korzus, o álbum ganhou uma sonoridade mais pesada. A entrada do vocalista Mauro Henrique também deu novos ares para a banda, que deixou de ser um trio. Juninho Afram também canta em algumas músicas, o baixo de Duca Tambasco está impecável e o teclado de Jean Carllos está na dose certa, além de seus guturais em algumas faixas. A bateria ficou a cargo de Alexandre Aposan e algumas guitarras base foram gravadas por Celso Machado.

O álbum abre com a introdução "D.A.G." que é para poder dar um clima para o que estava por vir... Para poder chegar arrebentando com tudo com a música "Meus Próprios Meios". Me lembro da primeira vez que ouvi porque levei um susto! As guitarras estão mais sujas e a voz do Mauro realmente é marcante. Jean berrando em algumas partes, tudo muito bem dividido. Em seguida entra a belíssima "Eu Sou" que além de contar com um instrumental maravilhoso, tem uma letra muito bacana:

Muitos dizem me conhecer
Mas me conhecem só de ouvir
Outros tentam me explicar
Negar tudo o que Eu fiz

Eu sou o princípio e o fim
Não há outro igual a Mim
Todo o poder está em Minhas mãos

Quem buscar Me encontrará
Quem pedir receberá
Quem invocar Eu vou ouvir
Eu Sou o Eu Sou

"Meus Passos" eleva o peso do álbum com uma letra baseada em Romanos 7:19,20: "Porque não faço o bem que eu quero, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem faz, e sim o pecado que habita em mim". Chega a hora da primeira balada do disco, "Continuar" que faz uma narrativa de um soldado cansado da guerra, fazendo um paralelo com a vida cristã. Letra muito inteligente!

"De Joelhos" volta ao peso e vemos nessa música uma pegada mais progressiva. "Tua Mão" é outra balada que tem um solo lindo! Agora vamos falar das 2 músicas inseparáveis desse disco: "Muros" e "Depois Da Guerra". Pesadas, tudo muito bem dosado e muito bem produzido, com as letras conversando entre si, pois ambas fazem uma crítica pesada contra a própria igreja que parece lutar contra si própria, deixando um rastro de pessoas feridas e mortas. Um tapa na cara do ego.

"A Ele" e "Incondicional" são 2 belas baladas. A primeira é um louvor e a segunda uma declaração de amor de Deus para o homem que conta com um belo arranjo de violão executado por Celso Machado.

"Obediência" é uma música que confesso não me chamar muita a atenção. Não é uma música ruim, mas seria facilmente descartada e não faria falta. "Better" é super pesada, uma coisa ao estilo Symphony X. Sinto uma pegada de Russell Allen na voz do Mauro, não sei se é uma influência. "People Get Ready" é um cover do The Impressions, que já foi regravada por vários nomes como Larry Norman, Rod Stewart e Jeff Beck, Dionne Warwick, Ziggy Marley, Aretha Franklin, entre outros. E o álbum fecha com "Unconditional", que é uma versão em inglês de "Incondicional", que também acho desnecessária.

"Depois Da Guerra" ganhou um Grammy Latino como Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa e um Troféu Talento como Melhor Álbum de Rock. Teve uma turnê de sucesso que resultou no DVD "DDG Experience" que em minha opinião, é um dos melhores DVDs já gravados no Brasil dentro do segmento de Rock e Metal.

Nota: 9,5/10
by Gustavo Hoft

Oficina G3 em 2008: Duca Tambasco (baixo), Jean Carllos (teclado), Mauro Henrique (vocal) e Juninho Afram (guitarra e vocal)

Links Oficiais:

domingo, 20 de junho de 2021

Theocracy - Mirror Of Souls [2008] #REVIEW

 

Theocracy é uma banda de Prog / Power Metal que no início não era bem uma banda. Formada em 2002 em Anthems no estado da Georgia, no começo era uma "one man band", ou seja, uma banda de um homem só. Matt Smith gravou assim o primeiro álbum, o fenomenal álbum auto intitulado em 2003. Matt fez tudo no álbum, somente a bateria que foi programada. Em 2013 ele relançariam esse primeiro álbum com baterias de verdade.

Então, em 21 de novembro de 2008 chegava às lojas o 2º disco, "Mirror Of Souls" e apresenta o Theocracy como uma banda de verdade, contando com Matt Smith no vocal, guitarra, baixo e teclado; Jonathan Hinds na guitarra e Shawn Benson na bateria. 

Percebemos uma produção melhor comparado ao primeiro disco e o álbum abre com "Tower Of Ashes", uma música muito coesa e melódica que fala da vaidade humana, fazendo um link com a história bíblica da torre de Babel. No final, tudo que sobra é uma torre de cinzas e mentiras. Indispensável para fãs do famoso Metal Melódico. "On Eagles' Wings" fala da dor de se perder um ente querido como um pai e que o Senhor renova as forças daqueles que se agarram Nele. 

Tu ergues meu espírito para voar longe
Para voar nas asas das águias
Tu ergues o caído para a vida novamente
Para coroar o Rei acima de todos os reis
Toda a honra, toda a glória
Erguidas em Sua majestade sobre as asas das águias

"Laying The Demon To Rest" é a mais pesada do disco e é uma aula de Prog Metal, sensacional! "Bethlehem" me emociona profundamente. Tudo nela é bonita: o instrumental, a melodia, a harmonização, a letra, a interpretação do Matt, tudo! Ela fala do nascimento de Jesus e ela já começa com a passagem do profeta Simeão que viu Jesus ser consagrado no templo e ele se alegra ao ver a salvação de Israel diante de seus olhos, assim como o Espírito do Senhor havia prometido de que ele não morreria antes de seus olhos verem o Cristo do Senhor. Para melhor entender, leiam Lucas 2:22-35. 

Oh Belém, sua estrela brilha forte essa noite
Pois os meus olhos viram a glória da luz santa da salvação
Essa criança veio para redimir a nós todos?
Para nos salvar da queda
A redenção está à vista
Contemplem, o Filho brilha forte
Sob a estrela de Belém essa noite

"Absolution Day" tem uma pegada mais Power Metal e fala que somente em Cristo temos a absolvição de nossos pecados, o que já conversa bem com a música "The Writing In The Sand" que trata sobre a mulher adúltera de João 8. Músicas bem pesadas e melódicas e uma coisa que quero ressaltar sobre essa incrível banda são as letras, um show de teologia! São poucas a bandas que tem as letras tão fincadas nas Escrituras e o Theocracy é uma delas.

"Martyr" tem uma pegada mais pesada com vários elementos de Prog e sua letra fala dos mártires que morreram pela fé. Agora, abram espaço para uma obra-prima, a faixa título "Mirror Of Souls" com seus 22 minutos e 28 segundos. Uma bela estória de um rapaz que andava perdido na chuva em uma floresta e entra num salão de espelhos. Nesse salão ele vê espelhos que não refletem a verdade, mas quando ele encontra o "espelho das almas" ele se vê como ele realmente é. Sujo, com a carne apodrecendo pelo pecado, uma figura monstruosa! Ele sai correndo e encontra um estranho na chuva que reconstrói a ponte para ele voltar e depois de redimido, ele não se vê mais no espelho, mas sim o estranho que é Jesus. Maravilhosa!

Algumas versões do álbum traz a faixa bônus "Wages Of Sin". A capa do álbum é assinada pelo artista Robert Wilson.

"Mirror Of Souls" é um artefato indispensável para fãs de Prog / Power Metal e é também uma excelente porta de entrada para quem ainda não conhece a banda e quer conhecer.

Nota 10/10
by Gustavo Hoft

Theocracy em 2008: Jonathan Hinds (guitarra); Matt Smith (vocal, guitarra, baixo e teclado) e Shawn Benson (bateria)


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sábado, 12 de junho de 2021

Stryper - To Hell With The Devil [1986] #REVIEW

 

Stryper é uma banda que dispensa apresentações. Talvez o maior nome do Rock e Metal cristão de todos os tempos, hoje quero falar desse álbum que foi um divisor de águas na carreira da banda. O Stryper surgiu no ano de 1980 com o nome de Roxx Regime, gravando uma demo em 1982.

Já em 1984, já sob o nome de Stryper, a banda lança o EP "The Yellow And Black Attack" e em 1985 o álbum "Soldiers Under Command", que fez com que conquistassem certo sucesso internacional. Mas foi em 1986 que a carreira do Stryper deu uma reviravolta, mais precisamente no dia 24 de outubro. 

Esse álbum fez com que a banda alcançasse muito mais sucesso internacional e fez com que o Stryper aparecesse nas paradas de sucesso na MTV. Sim, uma banda declaradamente cristã nas telas da MTV!

O baixista Timothy Gaines saiu da banda um pouco antes de entrarem em estúdio, sendo substituído pelo baixista Brad Cobb que gravou o álbum todo, mas Timothy voltou logo após e aparece como membro nas fotos de divulgação, porém, algumas fotos com Brad tinham sido divulgadas, como você podem ver abaixo:



Mas, vamos ao álbum... O disco abre com a introdução "Abyss (To Hell With The Devil)" que serve para preparar o clima para a faixa título "To Hell With The Devil". Uma música com um refrão forte e que faz referência à passagem bíblica Apocalipse 20:10: "O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos". 

A próxima faixa "Calling On You" tem uma pegada mais comercial, bem Hard Rock que chegou ao segundo lugar na MTV. Ela entraria fácil para qualquer filme da década de 1980, que já emenda com "Free" e juntamente com "Honestly", chegaram ao primeiro lugar na MTV. Também vale ressaltar que essas três faixas ganharam clipes. "Honestly" é uma bela balada e dou destaque para o refrão:

Chame a mim e eu estarei lá por você
Sou um amigo que sempre serei verdadeiro
E eu te amo, não vê? 
Que posso dizer que te amo honestamente

"The Way" é uma música pesada, tem um refrão cativante e um final sensacional! "Sing-Along Song" é aquela música que é boa para abrir os shows (o que o Stryper já fez bastante) porque é aquela música que tem um refrão que faz a galera cantar junto. "Holding On" tem a mesma pegada de "Calling On You", um Hard Rock bem melódico e comercial. "Rockin' The World" em minha opinião é uma das mais subestimadas músicas da banda. Pesada, tudo muito bem dosado. Uma pena a banda não explorar ela mais, a não ser na turnê de 30 anos do álbum que rolou em 2016.

"All Of Me" é outra balada linda apenas com voz e piano. E o álbum fecha com a poderosa "More Than A Man", uma das melhores músicas da carreira para da banda:

Deus, eu vou te seguir porque morreste por mim
Deu para mim Sua vida para me libertar
Todos que pedirem devem receber
Jesus em seu coração
É hora de você começar 
A dar à Deus toda glória

To Hell With The Devil é um álbum atemporal. Você consegue ouvir ele e sentir a energia da banda em seu auge. Se você não conhece Stryper, esse é um álbum que você pode começar. O disco saiu com outras duas capas:



Nota: 10/10
by Gustavo Hoft

Stryper em 1986: Michael Sweet (vocal e guitarra); Oz Fox (guitarra); Timothy Gaines (baixo) e Robert Sweet (bateria)

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domingo, 6 de junho de 2021

Guardian - Miracle Mile [1993] #REVIEW

 

Guardian é uma banda de Hard Rock formada em 1982 com o nome de Fusion, depois alterando o nome para Gardian (sem o "u" mesmo) quando assinou com a Enigma Records porque já havia uma banda espanhola com o nome Fusion. A banda também usava um visual bem futurístico. Não vou entrar em detalhes da formação que tiveram várias alterações nesse período.

Em 1988 a banda abandona o visual e adiciona o "u", fixando como Guardian, lançando assim em 1989 o primeiro disco "First Watch" que contava com Paul Cawley (vocal e guitarra); Tony Palacios (guitarra); David Bach (baixo) e Rikki Hart (bateria). A sonoridade da banda estava ainda calçada no Heavy Metal. Depois da turnê de divulgação, Cawley e Hart deixam a banda e o Guardian também deixa a Enigma Records.

Karl Ney é chamado para o posto de baterista e o então vocalista do Tempest, Jamie Rowe, é chamado e o Guardian estabelece a formação. Lançam o álbum Fire And Love em 1990 e o álbum em que vamos fazer a resenha em 1993. Vale ressaltar que Miracle Mile foi produzido pelos irmãos John e Dino Elefante do Pakaderm Studios e lançado pela Word Records, uma gravadora 100% voltada para a música cristã. 

O álbum já abre com a poderosa "Dr. Jones & The Kings Of Rythm" que é um Hard Rock bem anos 1990. Já emenda com "Shoeshine Johnny" que conta a história de um engraxate chamado Johnny e como as pessoas gostavam de ouvir seus conselhos. Destaque para o refrão:

Alguns gostam de brincar com fogo
Mas há um amor que é mais alto
E eu sei que o Senhor tem sido bom para mim, com certeza
Tempos difíceis podem vir e ir
Mas de uma coisa tenho certeza
Quando eu morrer, o homem mais rico eu serei

"Long Way Home" segue a mesma linha. A impressão que se tem é que essas 3 primeiras faixas estão conectadas, não pela letra e sim pelo estilo. Elas conversam bem entre si. "I Found Love" e "Sweet Mystery" são 2 lindas baladas que não fazem o álbum perder o embalo. Porque em seguida temos o peso de "Let It Roll" e meus amigos, que música! Pesada, cativante e que solo do Tony Palacios! 

"Mr. Do Wrong", "Curiosity Killed The Cat" e "Sister Wisdom" mantém o peso do disco, combinando bem uma com a outra. Vale ressaltar que a ordem das músicas nesse álbum funciona muito bem. "The Captain" é uma bela balada e destaco aqui a voz do Jamie Rowe, que interpretação! "You And I" é aquela música de Hard Rock que facilmente tocaria nas rádios ou estaria na trilha sonora de algum filme. Uma música com letra romântica com uma levada bem legal. 

Então, o álbum fecha com a belíssima balada "Do You Know What Love Is" que é uma das músicas mais bonitas da carreira do Guardian.

Miracle Mile é um disco consistente e é um item indispensável se você é fã de Hard Rock. 

Nota: 9,5/10
by Gustavo Hoft

Guardian em 1993: Karl Ney (bateria); Jamie Rowe (vocal); David Bach (baixo) e Tony Palacios (guitarra)

Links Oficiais:

King Of Salem - Sovereign [2022] #REVIEW

  King Of Salem é uma banda mexicana/brasileira de Prog Metal fundada em 2019. Agora em 2022 a banda nos presenteia com seu álbum de estreia...